CONFIRA O DESFILE DA ESCOLA DE SAMBA IMPÉRIO SERRANO

Começa a nossa viagem mascarada, pelo mundo mágico das Máscaras e a primeira parada é a origem da palavra, que inicialmente vem da de Itália e designava uma criação fantástica, de feitiçaria e associada a manifestações diabólicas e em torno de um mistério, sempre foram utilizadas pelas pessoas como o passaporte para outros mundos, como o objeto da magia, das explicações de fatos inexplicáveis.

Passaremos agora pelo Antigo Egito, onde as máscaras eram usadas nos sacrifícios cerimoniais, as célebres múmias tinham como vestimentas suas máscaras geralmente adornadas em pedras preciosas e com o simbolismo de ajudar na “arriscada passagem à vida eterna”, a principal máscara já criada para um faraó no Egito foi à de Tutankhamon.

Oh África, “Terra-Mãe” da humanidade, no sincretismo de seus rituais, as máscaras eram criadas por artistas de cada tribo, faces humanas exageradas, cobertas de pedras, onde o valor espiritual depositado sobre elas remetia a representação material de seus deuses e gênios, além dos rostos daqueles que eram vencidos nas batalhas, usando-as de efeito decorativo para a transfusão espiritual.

Com o passar dos tempos, os processos históricos de conquistas de terras e movimentos migratórios, as máscaras chegam ao velho continente europeu e passam a ser usadas como forma de terror e ilusão tendo grande destaque nos festivais e teatros da Grécia como essência artística. Possibilitava aos atores que ressuscitassem os homens de outrora através de suas aparências representadas nas máscaras, à incorporação dos “mortos vivos”.

As máscaras usadas no teatro chamavam-se personna, donde vem à palavra personagem para a figura representada. Com a queda da civilização Romana, as máscaras caíram em desuso, onde os primeiros Cristãos atribuirão o uso de máscaras a cultos pagãos e tornando o seu uso quase ilegal.

Durante este período da Inquisição, o carnaval também foi proibido, porém no século XV, o Papa Paulo II contribuiu em mudanças na forma de celebração da festa e realizou o primeiro baile de carnaval em seu palácio, onde foi inserido na festa o uso de máscaras e fantasias.

Através do carnaval chegamos a “Cidade Mascarada”, Veneza. Por toda a Itália, as máscaras e fantasias ganham força principalmente pela Comédia dell’arte, onde o triângulo amoroso da história Pierrot, Colombina e Arlequim marcaram o carnaval de Veneza e consequentemente o brasileiro.

Permanecendo no século XV, ocorre em Veneza o primeiro “Ball Masquê” (Baile de Máscara), que devido a divergências políticas tornou-se necessário o uso de máscaras e passaram a serem usadas além do carnaval de Rua de Veneza, nos grandes bailes e teatro, passando assim a ter um valor econômico para a cidade, que se tornou conhecida como a “A Cidade Mascarada”. No século XVIII já era de costume homens, mulheres e crianças andarem pelas ruas mascaradas, mas a lei de Doge proibiu o uso delas fora de datas comemorativas, pelo fato da Polícia ter dificuldade de reconhecer assassinos que constantemente matavam nas vielas de Veneza.

A incrível viagem chega ao nosso Brasil onde as máscaras já eram usadas antes da influência europeia, por tribos primitivas que faziam e usavam essas máscaras simbolizando animais e insetos. Assumiu uma visão de guerra, praticada pelos Índios regulamentados numa atividade de um ritual mágico, ou procurando dar ao guerreiro um aspecto desumano e feroz para intimidar o adversário, mas podendo ter uma função protetora. Normalmente, a proteção era contra o mal e era comum entre os povos, em torno das crenças das forças sobrenaturais, ou seja, a relação com o mundo oculto dos espíritos que através da magia permitia abrir a porta para o outro mundo.

A partir da colonização e a influência européia, o Brasil passou a incorporar a cultura do uso de máscaras de forma artística, principalmente nos bailes da alta sociedade, porém “fundiu-se” com a cultura afro, do batuque e do gingado, transformando o carnaval de rua em um grande evento artístico europeu, mas em ritmo africano, evoluiu e tornou-se o grande Carnaval Brasileiro, a maior festa popular do mundo em que os foliões se fantasiam e usam máscaras para brincar e dançar.

Em diversos pontos do mundo, são atribuídos valores distintos as máscaras, social ou emocional. As máscaras foram utilizadas como acessórios de festa, no Oriente em danças e procissões com intenção de se misturar o ritual e o divertimento. Muitas vezes, os dançarinos encarnavam um ou vários seres representando o tempo da criação. Destacam-se pelo mundo, as máscaras Chinesas. Os Esquimós no Alaska acreditavam que cada criatura tinha uma dupla existência e podia mudar para a forma de um ser humano ou animal, bastando querer. Assim, as máscaras Esquimós eram, normalmente, feitas com duas faces - uma de um animal e outra de um humano. Em certas fases de algumas cerimônias festivas, a máscara exterior era levantada, expondo a outra máscara.

Os nativos dos Estados Unidos usavam máscaras para adorar seus mortos. Nos dias de hoje, a data em que são mais usadas é o Dia das Bruxas, Halloween, onde as pessoas utilizam-nas se inspirando em e fantasias dos filmes de terror e saem às ruas com a intenção de assustar os outros. Além da tradição de serem usadas nas celebrações, as máscaras são usadas no esporte como na esgrima e lutas livres; para salvar vidas como as máscaras de oxigênio ou aquelas usadas para estética, não possuem a elegância das máscaras decorativas, mas são de suma importância para realização do o que lhe foi atribuído.

O termo “Mascarado” envolve além da alegria e da beleza, o que é proibido, secreto ou ilícito. Personagens maléficos, políticos corruptos, psicopatas “se escondem” da sociedade, em uma espécie de máscara invisível, mas como o bem sempre vence o mal, “As máscaras sempre caem!”. Enigmáticas, inquietantes, trágicas ou cômicas, assustadoras ou belas, as máscaras compõem um extraordinário acessório de formas e funções múltiplas, cujas origens se perdem na noite universal dos tempos. Simples ou complexas, articuladas ou imóveis, feitas de folhas, de cascas e de ramos vegetais ou de tecido, de pele, de couro, de madeira, forjadas em ouro, prata ou outros metais, esculpidas em pedra, ou cosidas em cerâmica, moldadas em papel etc.

As máscaras são artefatos onipresentes que espelham as sociedades que as engendram e assim o Portal do Mundo Mágico se fecha e a nossa viagem fantástica pelo misterioso e belo mundo das máscaras chega ao fim. E é nesta viagem que chegamos até o carnaval de URUGUAIANA onde, diversos personagens se apresentam em forma de trabalhadores sofridos mais divertidos, buscando o êxtase dentro da essência do carnaval. A todos, um bom carnaval com suas máscaras e muito amor no coração.




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